Cenário da cirurgia íntima feminina no Brasil: dados, motivações e procedimentos
23/05/2024
A busca por cirurgia íntima feminina no Brasil está maior do que nunca. De fato, os números em nosso país são os maiores do mundo! Quem afirma é autoridade no assunto: a Sociedade Internacional de Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).
Relatório mais recente da ISAPS, a Pesquisa Internacional em Procedimentos Estéticos e Cosméticos 2022 aponta mais de 194 mil procedimentos de labioplastia (ou ninfoplastia) mundo afora. Por sua vez, o Brasil ultrapassou 37 mil labioplastias em 2022, ou seja, líder global em cirurgia íntima feminina.
Números de cirurgia íntima feminina no Brasil e no mundo
Confira o ranking divulgado pela ISAPS de procedimentos de labioplastia em 2022:
- Brasil: 37.170
- Estados Unidos: 18.653
- Alemanha: 10.528
- Índia: 6.444
- México: 6.335
Completam a classificação os seguintes países, nesta ordem: Turquia, Japão, Espanha, Argentina, Itália, Reino Unido, Romênia, Grécia, Irã e Tailândia.
As 194 mil labioplastias representam 1,3% das cirurgias plásticas em geral reportadas no estudo (14, 9 milhões de procedimentos no total).
Mesmo parecendo pequeno no contexto geral, o número de labioplastias vem crescendo significativamente ao longo dos anos pelo mundo:
- Aumento percentual de 2021 para 2022: 13,4% globalmente
- Aumento percentual de 2018 para 2022: 46,3% globalmente
Já no Brasil, a cirurgia íntima feminina representa 1,81% dos 2 milhões de procedimentos em geral realizados em 2022.
Quanto ao avanço da labioplastia no Brasil, o estudo revela crescimento de 21,95% de 2021 para 2022 nacionalmente.
Por que o aumento de cirurgias íntimas no Brasil e no mundo?
Conforme o Dr. André Vinícius, ginecologista e cocriador da Rede Musa, uma combinação de fatores impacta direta e indiretamente na busca por cirurgia íntima.
“O aumento da conscientização e a diminuição do tabu, acompanhados pelo movimento de empoderamento feminino, estão impulsionando a consideração das mulheres por cirurgias íntimas como forma de autocuidado”, observa o especialista em saúde da mulher.
Toda essa luz jogada sobre o tema levanta questões diversas que influenciam os números:
- Desconforto físico: o tamanho ou forma dos lábios vaginais pode causar irritação, atrito e dor durante atividade física ou sexo.
- Desconforto emocional: insatisfação com a aparência dos lábios vaginais pode deixar a mulher constrangida e insegura, afetando a autoconfiança.
- Padrões estéticos: pressões sociais podem influenciar a percepção sobre a aparência ideal da genital, incentivando a cirurgia íntima.
- Rejuvenescimento genital: com o envelhecimento, os tecidos genitais podem perder elasticidade e volume, levando à busca por rejuvenescer a aparência.
- Trauma ou alterações pós-parto: eventuais mudanças na aparência dos lábios genitais por esses eventos estimulam procedimentos estéticos.
“Diante de todos esses fatores, é importante que qualquer decisão de se submeter a uma cirurgia íntima seja pessoal e orientada por necessidades individuais, com supervisão médica adequada”, alerta o Dr. André Vinícius.
A propósito, já existem estudos acadêmicos discutindo os dilemas e responsabilidades no campo da cirurgia íntima feminina. Levantam-se questões ligadas aos incentivos para o aumento da oferta e demanda por tais procedimentos.
Procedimentos íntimos femininos
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) publicou uma lista de tratamentos voltados à região íntima, a qual inclui procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos:
- Clareamento e rejuvenescimento: tratamentos para clarear a pele escurecida da vulva devido à depilação com cera, utilizando cremes clareadores, laser fracionado ou peeling genital.
- Melhora da textura da pele: microdermoabrasão e radiofrequência para estimular a produção de colágeno, melhorando a rigidez e a aparência da pele da região íntima.
- Preenchimento e labioplastia: para combater a atrofia vulvar e a hipertrofia dos pequenos lábios, recorre-se a labioplastia e preenchimentos com ácido hialurônico ou gordura
- Redução do monte de vênus e cirurgia do clitóris: lipoaspiração para reduzir a gordura acima do púbis; cirurgia do clitóris por causa de hipertrofia do órgão
Novamente, o Dr. André Vinícius ressalta que, antes de optar pela realização de um procedimento íntimo, cirúrgico ou não, deve-se priorizar a segurança e considerar as necessidades individuais da mulher.
“Ao mesmo tempo que a variedade de soluções e abertura ao assunto são benéficas à saúde e bem-estar da mulher, tais circunstâncias podem gerar uma armadilha, quando há uma pressão excessiva para a realização de procedimentos estéticos íntimos”, pondera.
Saúde da mulher em pauta
Para além das cirurgias íntimas femininas, há inúmeras as formas de promover o bem-estar e saúde da mulher.
Nesse sentido, a Rede Musa une gestão e técnica médica. Com um modelo de negócio licenciável para clínicas de saúde da mulher, a Rede Musa oferece protocolos clínicos que proporcionam melhores resultados, satisfação e encantamento, com todo o suporte de gestão para crescer e gerar rendimentos.
Veja como o modelo de negócios Rede Musa pode ajudar você e sua clínica de saúde da mulher!