Injeção antimenopausa? Tire suas dúvidas sobre o assunto 

23/05/2024

 

O desenvolvimento da injeção antimenopausa ganhou atenção de médicos e pacientes no mundo todo em 2024. Mas de que se trata exatamente esse assunto? Vamos esclarecer o que se sabe até o momento a respeito desse tratamento inovador no campo da ginecologia.  

O que sabemos até agora sobre a injeção antimenopausa 

Aqui está um resumo para você se inteirar sobre essa novidade que promete prolongar a qualidade de vida das mulheres durante o climatério, fase marcada por ondas de calor, fadiga, nebulosidade mental, entre outros sintomas.  

Como funciona a injeção antimenopausa? 

A injeção antimenopausa é baseada em um hormônio sintético similar ao hormônio anti-Mulleriano (AMH), essencial para a produção de células reprodutivas nos ovários.  

O AMH é produzido pelas células dos folículos ovarianos, e sua presença está ligada à saúde ovariana. A ideia por trás da injeção é preservar ou aumentar a quantidade de folículos ovarianos, de modo a retardar a transição para a menopausa. 

Em entrevista ao jornal Estado de Minas, o Dr. André Vinícius, ginecologista e cocriador da Rede Musa, explica que a reserva ovariana diminui ao longo da vida por causa da perda progressiva de folículos. Portanto, a injeção antimenopausa visa retardar esse processo por período indeterminado. 

Quem está desenvolvendo? 

Oviva Therapeutics

Sediada em Nova York, a empresa por trás da injeção antimenopausa é a Oviva Therapeutics, cuja missão inclui “impulsionar a investigação e o desenvolvimento clínico direcionados à fisiologia ovárica”.  

Quando ficará disponível? 

CEO da Oviva Therapheutics, a Dra. Daisy Robinton revelou o estágio de desenvolvimento da droga no evento sobre longevidade Livelong Summit, realizado na Flórida, Estados Unidos, em março de 2024.  

De acordo com a Dra. Robinton, atualmente a injeção está em fase de testes com animais, sem previsão exata para disponibilidade ao público. Apesar de não ter prometido uma data, a cientista afirmou para o jornal britânico Daily Mail que os testes em humanas começarão num “futuro próximo”. 

Dessa forma, a expectativa é que a injeção chegue ao público dentro de alguns anos ainda. Isso porque, assim como todo medicamento, precisa passar por uma série de pesquisas e testes que garantam a segurança e reais benefícios à saúde das usuárias.  

Enquanto isso, o Dr. André Vinícius ponderou sobre o tema ao Estado de Minas. O especialista em saúde da mulher afirma que uma vacina capaz de diminuir a perda excessiva dos folículos ovarianos seria mais viável que uma para conter a menopausa. Afinal, esse fenômeno é inevitável até o momento, chegando para todas as mulheres. 

Quais as vantagens e desvantagens da injeção antimenopausa? 

Dentro desse contexto, a comunidade científica tem discutido as vantagens e desvantagens do tratamento. O próprio ginecologista André Vinícius alerta que, mesmo parecendo promissora, a injeção ainda é uma hipótese não confirmada nem em modelos animais. Logo, muito ainda precisa ser visto. 

Potenciais vantagens: 

  • Preservação da reserva ovariana: pode prolongar o período reprodutivo da mulher e retardar a transição para a menopausa. 
  • Redução de sintomas do climatério: ao manter a saúde ovariana e os níveis hormonais, pode-se reduzir ondas de calor, alterações de humor, problemas de sono, entre outros. 
  • Melhoria da qualidade de vida: prolongar o período reprodutivo e reduzir os sintomas do climatério podem contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida das mulheres durante essa fase da vida. 

Desvantagens: 

  • Estágio experimental: sua eficácia e segurança precisam ser comprovadas por meio de estudos clínicos em larga escala antes de ser amplamente utilizada como tratamento. 
  • Riscos desconhecidos: como qualquer novo tratamento, existem riscos potenciais associados à injeção antimenopausa que ainda não foram totalmente identificados. 
  • Limitações no retardo da menopausa: embora possa prolongar o período reprodutivo, ainda não está claro até que ponto pode retardar efetivamente o início da menopausa. 

Outros tratamentos para a menopausa 

Paralelamente ao desenvolvimento da injeção antimenopausa, outros tratamentos seguem em fase de estudos. Um deles é de autoria de cientistas da Universidade de Columbia. 

O pesquisador Dr. Zev Williams está avaliando se a rapamicina, um composto com supostas propriedades antienvelhecimento, pode retardar o envelhecimento ovariano e, consequentemente, a menopausa. Esse estudo envolve 50 mulheres saudáveis entre 38 e 45 anos, que recebem doses semanais de rapamicina ou placebo. 

Já a reposição hormonal é uma abordagem difundida para aliviar os sintomas da menopausa pelo uso de estrogênio. Esse método também ajuda a prevenir osteoporose e melhorar a saúde cardiovascular. 

Existem debates sobre os riscos associados à reposição hormonal, como maior probabilidade de câncer de mama e trombose. No entanto, o Dr. André Vinícius enfatiza que tais perigos são praticamente iguais para quem não adere a esse tratamento, dependendo da escolha da combinação dos hormônios na reposição. 

Saúde da mulher em pauta 

A injeção antimenopausa certamente vai demorar a chegar ao público, se é que vai ser bem-sucedida nos testes. Até lá, são inúmeras as formas de promover o bem-estar e saúde da mulher 

Nesse sentido, a Rede Musa une gestão e técnica médica. Com um modelo de negócio licenciável para clínicas de saúde da mulher, a Rede Musa oferece protocolos clínicos que proporcionam melhores resultados, satisfação e encantamento, com todo o suporte de gestão para crescer e gerar rendimentos. 

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