Quando a reposição hormonal é indicada?

16/10/2024

Por Dra. Elisa Alban

Como identificar o melhor momento de iniciar uma reposição hormonal e os benefícios desse tratamento, assim como os riscos para a saúde. Quanto o assunto é a terapia de reposição hormonal (TRH), essas são as principais dúvidas que ouço na clínica.

Se você está pensando em iniciar esse tipo de tratamento, antes de decidir é fundamental conversar com seu médico e colocar na balança os riscos e os benefícios para a saúde, que são individuais.

A menopausa é o nome dado à última menstruação, que ocorre após uma queda natural dos hormônios reprodutivos, que normalmente ocorre entre 45 e 55 anos. Quando esse processo ocorre antes dos 40 anos, considera-se menopausa precoce. Apesar de ser algo natural, fisiológico, esse processo tende a vir acompanhado de alguns sintomas desagradáveis.

 A terapia de reposição hormonal é um tratamento muito eficaz para melhorar a qualidade de vida da mulher e aliviar os sintomas do climatério, período de transição da fase fértil até um ano após a última menstruação (menopausa), como ondas de calor e sudorese (conhecidos como fogachos), ansiedade, irritabilidade, desânimo, alterações de sono, fadiga e perda de libido. A TRH ajuda a prevenir e tratar a atrofia urogenital, caracterizada pela secura vaginal, e na prevenção da osteoporose na pós-menopausa. 

Normalmente, a reposição hormonal é iniciada na chamada janela de oportunidade, período de 10 anos após a menopausa, ou até os 60 anos de idade. Contudo, pacientes fora dessa janela não representam uma contraindicação absoluta para o tratamento e devem ser avaliadas de maneira individualizada caso apresentem sintomas.

A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada principalmente para o tratamento de sintomas vasomotores moderados a graves, como ondas de calor e suores noturnos, em mulheres na perimenopausa e pós-menopausa. 

Além disso, a TRH é indicada para a prevenção da perda óssea e fraturas em mulheres pós-menopáusicas com risco elevado de osteoporose, especialmente se iniciada na janela de oportunidade.

A individualização do tratamento é crucial, considerando os benefícios e riscos específicos para cada paciente, como o tipo, dose, duração do uso, via de administração e o momento da iniciação da terapia. Contraindicações gerais incluem histórico de câncer de mama, doença coronariana, eventos tromboembólicos prévios ou doença hepática ativa.

Portanto, a TRH é indicada para o tratamento de sintomas vasomotores moderados a graves, síndrome geniturinária da menopausa e prevenção da osteoporose em mulheres pós-menopáusicas, com a necessidade de individualização do tratamento para maximizar os benefícios e minimizar os riscos.

Não está estabelecido por quanto tempo a terapia hormonal deve ser mantida, e novamente a manutenção ou interrupção do tratamento deve ser realizado de forma individualizada, pesando risco e benefícios de manter o tratamento a cada consulta médica.

 

 

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